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Uma "luz azul a se extinguir e renascer com mais intensidade indo em direção ao futuro"

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

o ventilador, a cadeira, a janela...





O coração atingiu o número de batidas:
covarde matemática...Há algo de cruel nesta matemática...
As pessoas não deviam morrer;
ficariam em close e desapareceriam lentamente...
desfocando aos poucos...
como nos filmes de Carlitos...
(Carlos Vereza)



o ventilador, a cadeira, a janela...
o capim navalha crescido com as presentes chuvas...
eu aqui acordado, contando nas linhas do corpo
os que partiram...
vou viver mais essa hora, mais esse dia,
mais alguns beijos nos lábios de um amor

o eterno retorno... os incontáveis minutos...
o tempo que nada espera,
eu viajando por ai à bordo de um número de incontáveis
aeronaves, navios, e...

eu sendo eu mesmo, eu sendo o infante dom henrique
vestido com um manto vermelho bordado com estrelas cadentes...
olho para o fundo do céu,
olho para o fundo do meu eu questionador

as ruas acordando, eu acordado, eu sujo e limpo,
flor, fruto e semente de minha mãe, meu pai
e meus ancestrais

inúmera voltas dou envolta de mim mesmo
para tudo e nada saber,
para compreender de que é feita a terra
e seus elementos transitórios

eu e o mundo, e as coisas desse mundo,
e os amores que assopram em meus ouvidos,
são tantos os amores, mas o grande amor
sou eu mesmo, essa mão que escreve
e é cortada com delicadeza
pelo vento meu amigo

(edu planchêz)

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