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Uma "luz azul a se extinguir e renascer com mais intensidade indo em direção ao futuro"

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

À Flá Perez e Guedes Bueno




Para mim nada passou,
ignoro o tempo do relógio, o calendário...
faço uso disso por que é a imposição da civilização.
Se você se apegou a um de meus escritos,
vos digo, que foi um momento e as palavras que achei
nequele ocaso foram aquelas,
não me prendo a nada, sei que preciso comer,
cortar as unhas, tomar banho...
a escrita, a poesia é minha reza, é meu inferno,
vivo disso e para isso, não há outra forma.

Se você prestar atenção,
mergulhar "naquele" referido poema,
verá o lirismo sim,
há lirismo na porra, no escremento...
sei de teu abissal mergulho na herdade das coisas-palavras,
eu falo o que me vem a cabeça sem censura ou pudor,
não escrevo para as pessoas, escrevo para para o escrever,
para os meus belos e horriveis olhos não olhos.

Sou tal qual você escritor leitor...
não sei o que é saudosismo,movivimentos, formas,
não sei o que não é:
se o prazer desse agora for um carro de boi
puxado por vassalas minhocas, que seja:
estou aqui para matar e para morrer,
para verter e não verter nada e tudo.

Minha tinta é qualquer coisa:
lápis, sangue, cuspe, merda, o teclado de um computador,
faíscas elétricas, liquido vaginais...

Não me vejo na obrigação de ter que escrever,
de agradar, a mim ou ao outrem.
O que foi escritor, foi escrito,
o que será escrito, será escrito.
(edu Planchêz)

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