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sábado, 15 de janeiro de 2011

Cores da primeva manhã do meu e do teu amor




Cores da primeva manhã do meu e do teu amor:
mato de prata,
rastros luminosos da lua de sandalo e almíscar,
versos lilazes de Florbela Espanca,
vestidos brancos usados por Creópata e Sônia Braga

No azul e no vermelho despejo as lágrimas
que ora me cobrem,
vos digo que quem perdeu o poder de ver cores compreênde
esse absurdo desaguar

Choro as cores que vi desde minha infância,
desde a infância da terra,
desde de a infância do fogo

Cores que nunca vi mas que sempre me viram,
são pontos perdidos nos céus?

(edu planchêz)

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